Trauma e Complexo
Aqui, podemos fazer um paralelo importante para nosso trajeto: pensar em trauma implica também em pensar em complexos. A analogia, quando trazemos as lentes somáticas e analíticas é que o trauma aparece como fixação na fisiologia e os complexos, no inconsciente, a partir das várias experiências vividas, repetidamente, em torno de um núcleo arquetípico, que representa sua temática central, com caráter afetivo (portanto, com carga de energia psíquica). Ambos, traumas e complexos, aprisionam carga energética em suas respectivas instâncias e delineiam respostas relacionadas aos seus respectivos temas, sem que a consciência tome parte disso. Isso nos leva a entender que, em termos de caminhos terapêuticos, o processo de dissolução das fixações e de integração de conteúdos, sejam eles de ordem psíquica ou fisiológica, está presente em ambos os casos; na Psicotraumatologia, com a renegociação, através da pendulação (e demais ferramentas da Experiência Somática - SE®), que convida o vórtice traumático à regulação a partir dos recursos do contra-vórtice, restaurando o fluxo vital e na análise junguiana, a partir da aproximação dos opostos, chamada de função transcendente e da liberação de energia psíquica, aprisionada no inconsciente.